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Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S277, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859627

ABSTRACT

Objetivo: Descrever e comparar as características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais dos pacientes < 18 anos com doença falciforme (DF)infectados ou não por SARS-CoV-2 e identificar alterações do hemograma (HMG) daqueles infectados no momento da admissão comparado ao último exame antes da internação. Método: Estudo de coorte, unicêntrico, retrospectivo-prospectivo, com dados de prontuário de pacientes internados (março a novembro de 2020), com SARS-CoV-2 positivo (GP) ou SARS-CoV-2 negativo (GN) de acordo com PCR-RT. Foram coletados: idade, sexo, raça, índice de massa corpórea (IMC), genótipo da DF, uso de hidroxiuréia (HU), transfusão crônica (TC), presença de comorbidades, sintomas e complicações, uso de antibiótico, antiviral e anticoagulante, necessidade de oxigênio (O2), UTI, ventilação mecânica (VM) e ventilação não invasiva (VNI), HMG da internação e de antes da admissão para o GP. Resultados: Foram internados 57 pacientes, dos quais 11 (19,3%) tiveram resultado positivo. O genótipo HbSS foi o mais comum e as características: idade, IMC, sexo e raça foram semelhantes (p>0,05). No GP, 81,8% estavam recebendo HU ou TC e no GN, 63%. Durante a internação, o uso de antibiótico, O2 e Oseltamivir foi semelhante. Comorbidades foram identificadas em 63,6% dos pacientes do GP e em 30,4% do GN (p = 0,046– Fisher).A média de dias de internação foi 6 para o GP e 7 para o GN. Em relação aos sintomas e complicações, não houve diferença estatisticamente significativa, porém febre durante a internação foi mais frequente no GP (90,9% vs. 60,9;p = 0,055-Fisher).Um paciente do GP recebeu anticoagulação profilática devido a suspeita de embolia pulmonar, que foi descartada com exame de imagem. Nenhum paciente do GP e um paciente do GN necessitou de UTI por síndrome torácica aguda grave e necessidade de VNI. Nenhum paciente precisou de VM ou teve óbito como desfecho. O resultado dos HMGs foi semelhante e no GP a contagem de eosinófilos foi menor na admissão quando comparada ao último exame ambulatorial(p=0,008-Wilcoxon). Discussão: Os pacientes com DF e infecção pelo SARS-CoV-2 podem evoluir com desfecho desfavorável e dados de revisão em hemoglobinopatia em pacientes pediátricos com DF e COVID-19 apontam maior prevalência de necessidade de UTI neste grupo (Vilella TS et al., 2020). Neste estudo, SARS-CoV-2 demonstrou causar infecção leve e nenhum paciente necessitou de UTI. Quando comparados com adultos, a COVID-19 se mostrou menos agressiva em crianças. No GP houve diminuição significativa da contagem de eosinófilos no HMG antes e após a admissão. Esse achado sugere que a contagem de eosinófilos possa ser um marcador biológico potencial para COVID-19. A eosinopenia também foi evidenciada em estudos em pacientes adultos com COVID-19 (Li Q et al. 2020;Jafarzadeh A et al. 2020). Uma das principais limitações deste estudo foi o pequeno número de pacientes infectados. Até o presente momento, não havia na literatura estudos que comparassem simultaneamente pacientes pediátricos com DF internados com e sem COVID-19 e o HMG no GP antes e após a admissão hospitalar. Conclusão: Os pacientes com DF infectados por SARS-CoV-2 apresentaram quadro leve mesmo apresentando maior prevalência de comorbidades do que os não infectados. Não foram observadas diferenças clínicas ou laboratoriais entre os dois grupos.

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